terça-feira, 16 de junho de 2015

Até Logo!!!





Bom amiguinhos, foi muito divertido escrever contos nesse blog, mas vou ficando por aqui.

Não fiquem tristes, no futuro pretendo começar novos projetos em outro blog, então me verão novamente, mas esse bloguinho vai ficar aqui pra quando vocês quiserem vir matar as saudades dos contos que postei nesse aqui.

Um beijo grande no coração de cada um.

Espero que tenham gostado dos contos <3




Além do Arco íris - Epílogo






Aqueles dias de viagem passaram rápido, conhecemos a Irlanda, a Inglaterra, a França e a Espanha, todos os dias fizemos coisas de bebê depois que visitávamos os pontos turísticos e curtíamos as festas locais.

Mas o dia de voltar para o Brasil chegou e estranhamente, embora tivéssemos curtido bastante a viagem, estávamos ansiosos por voltar. Rodolfo estava com muitas saudades da mommie dele e eu não via a hora de conhecer outros infantilistas e age players pra compartilhar aquela coisa nova e linda que havíamos descoberto juntos.

Levamos muitas lembrancinhas daquela viagem, inclusive secretas, mas isso também fez com que minha amizade com meu primo crescesse ainda mais.

O avião aterrissou no aeroporto e tivemos uma surpresa: Tia Luísa estava nos esperando e assim que viu o Dolfinho, deu um abraço bem apertado nele.

Me aproximei um pouco tímida, agora que sabia sobre o segredo deles e disse:

- Está entregue, Tia Luísa. São e salvo como prometi! - disse piscando o olho fazendo minha melhor pôse de menina responsável.

- Muito obrigada Liliana, por me devolver meu filho e também por proporcionar essa viagem pra ele. Mas olha, não sei se aguento ficar mais tanto tempo longe dele não, viu? Quase morri de saudades. - ela falou emocionada.

- Eu também, mommie! - ele respondeu.

- Não precisa agradecer, tia. Sabe que gosto muito de vocês e o Rodolfo pra mim é como se fosse meu irmãozinho mais novo. Nós nos divertimos muito durante essa viagem. - contei.

- Fico muito feliz em saber disso, tenho que admitir que meu filhote estava precisando de aventuras, apesar de quase ter matado a mamãe do coração aqui. - admitiu.

- É, mas agora tô com você mamãe e vamos ter bastante tempo pra matar a saudade em casa. - Dolfinho a tranquilizou.

- Vamos sim, mas primeiro um almoço pra nós três, afinal devem estar com fome. Eu sei que comida de avião é horrível. - ela convidou.

Tia Luísa pagou um almoço pra nós em um restaurante maravilhoso perto do aeroporto, mas um que tinha comida brasileira porque já estávamos com saudade da nossa culinária, contamos pra ela sobre o que fizemos na viagem e ela se divertiu muito ouvindo nossas aventuras pela Europa.

Depois chegou o momento deles irem embora, mas Rodolfo prometeu que assim que pudesse viria me visitar pra nos divertirmos fazendo mais coisinhas de baby juntos.


The End


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Bom Pessoal, espero que tenham gostado do conto, eu fiz pensando em um amiguinho infantilista muito especial que conheci aqui. 

Beijinhos


Além do Arco íris - Capitulo 11





Chegamos bem cedinho em Glastonbury a tempo de tirar bastante foto em Stonehenge, o lugar que sempre sonhei conhecer, fiquei tão emocionada que se pudesse não iria mais embora.

Até o Dolfinho ficou emocionado também, depois paramos em um Cyber Café e mandamos algumas das fotos pros nossos amigos e também pra tia Luísa, fizemos um delicioso lanche naquele dia e conversamos um pouco mais sobre o infantilismo, a vantagem era que podíamos falar sobre isso no cyber já que ninguém mais lá falava nossa língua materna.

Depois fomos conhecer a cidade e entramos em uma loja de brinquedos, Rodolfo ficou todo bobo com os bichinhos de pelúcia e eu fui logo procurando os de borracha feitos pra morder. Não achei o coelhinho que queria igual o da minha época de bebê, mas levei um mordedor em forma de lagartinha.

Estava ansiosa pra usar logo, mas não queríamos perder o Expresso pra Londres onde passaríamos as próximas três noites antes de partir pra visitar os outros lugares do nosso plano de viagem.

Chegamos no trem e olhamos a linda paisagem pela janela, então Rodolfo me surpreendeu, retirando da mala um livrinho super fofo:

- Prima, olha o que eu comprei numa banca. - disse,

Era um livro infantil com desenhos de fadas, tema que eu amava.

Estava em Inglês, mas por ser pra crianças era fácil de entender, nós dois começamos a ler o livrinho juntos durante o caminho e rimos muito porque eu gostava de imitar todas as falas dos personagens, entrando em contato mesmo com meu lado criança, até chegarmos na linda Londres.

Vimos o Palácio de Buckyngham, com aquele relógio enorme na Torre e tiramos muitas fotos, mas quando chegou a noite notei que meu primo estava meio cabisbaixo.

- O que foi bebê, por que tá assim? - perguntei.

- É que bateu saudades da mamãe, nunca fiquei tanto tempo longe dela. - explicou.

- Ah primo, não fica triste, logo logo nós vamos voltar pro Brasil e vocês vão matar as saudades. - falei. - Por que você não liga pra ela de novo? Ela vai ficar super feliz em falar com você.

Ele fez que sim com a cabeça e ligou pelo celular, então ouvi os dois falando em baby talk:

"Também não vejo a hora de ver com vucê mommie, bebê tá com saudadinhas. Também te amo muito",

Ouvi-lo falando daquele jeito com ela, derreteu meu coração e fez com que nascesse um desejo em mim de ter alguém pra cuidar de mim do mesmo jeito que tia Luísa cuidava do meu primo.

Quando ele desligou o telefone, estava muito mais animado.

-Aii primo, eu achei tão fofo o seu jeito de falar com a tia Luísa, deu até uma pontada de invejinha, mas é uma invejinha boa hihihi . - comentei.

- Ah prima, você fofa do jeito que é também pode achar alguém pra cuidar de você. Um Daddy ou uma Mommie. - ele disse.

- E como é isso? - perguntei.


Então ele me explicou que existiam algumas pessoas que gostavam de cuidar, algumas não tinham nada haver com romance ou sexo, como no caso do Rodolfo e da Tia Luísa, que se amavam como mamãe e bebê de verdade, já outros tinham isso como um fetiche também, na forma do "Age Play".

Me identifiquei e decidi que quando chegasse ao Brasil, iria querer conhecer outras pessoas que praticavam o Infantilismo e o Age Play, inclusive talvez encontrasse um bom Daddy.

Mas diferente de Rodolfo, eu já achava que desenvolver também a parte de relacionamento com alguém assim, poderia ser uma experiência gostosa, já que sempre me senti mais atraída por homens mais velhos e mais protetores.

E foi assim que o Infantilismo foi ganhando um papel importante na minha vida, se transformando em um sonho que no fundo esteve adormecido dentro de mim, mas que eu não sabia direito o que era, nem que tinha um nome.



Além do Arco íris - Capítulo 10





Assim que chegamos no chalé, Dolfinho foi pro banheiro tomar bainho e trocar de roupa enquanto eu fui tirar nossas coisinhas da sacola toda boba.

Dessa vez deu pra colocar a dedela pra ferver do jeito certo e a colherinha, estava animada e curtindo bastante aquilo. Nunca me imaginei fazendo tantas coisinhas legais de bebê, nem que pudesse ser tão gostoso, haviam tantos tabus sobre isso: adultos gostando de fazer coisas de criança.

Mas na verdade não tinha nada demais, não era uma coisa que fizesse mal a ninguém, nem ao menos envolvia crianças de verdade. Ele me explicou que algumas pessoas ignorantes confundiam com pedofilia, mas de fato não havia nada haver, pois os infantilistas gostavam de se sentir como crianças e não de abusar de crianças.

Meu primo saiu um pouco envergonhado do banheiro, de pijama e pelo volume, de fraldinha, mas eu só reparei porque já sabia, acho que outra pessoa não teria notado, pensaria que ele apenas tinha o bumbum grande.

- Ownt!! Ti lindooo!!! - falei olhando pra ele, vendo seu rostinho ficar vermelhinho.

- Ai prima, fala assim não ti fico com vergonha. - ele pediu.

- Nhaii mas não precisa ter vergonha da sua prima né? hihihi Agora vou lá me trocar, vucê faz nossas mamadeiras? - perguntei.

- Faço sim, nisso já sou expert! - garantiu e eu não duvidei nadinha.

Fui para o banheiro e ainda me diverti tomando bainho de banheira, isso era muito gostoso, me senti realmente como uma bebêzinha ali na banheira do hotel. Até podia vislumbrar um pouco das minhas memórias de bebê, que não eram muitas, mas alguns detalhes marcantes como por exemplo: minha banheirinha amarela e brinquedinhos que gostava de morder na hora do banho.

Quando chegasse na Inglaterra com certeza passaria em alguma loja de brinquedos pra achar algo legal pra morder.

Saí do banho e pus minha camisolinha de menininha e fiz marias chiquinhas, depois fui até a mesinha da cozinha do chalé e Dolfinho tinha preparado nosso jantar de bebê completo: dedelas já prontas de leitinho com chá e papinha de neném.

Sentei de frente pra ele e peguei a papinha:

- Vou provar primeiro a salgada, que aí as doces ficam pra sobremesa. - anunciei.

- Boa prima, é melhor sim, eu vou fazer a mesma coisa. - ele disse.

Então abri minha papinha de legumes e na primeira colherada eu lembrei do gosto: era exatamente como eu lembrava de quando era bebê, deliciosa.

Incrível como ás vezes agente já sabe que gosta de uma coisa antes mesmo de provar, né?

Comi toda a minha papinha salgada e ainda fiquei com gostinho de "quero mais".

- Buáááá acabou! - disse fazendo uma carinha triste.

- Gostou mesmo né Lili? Ah prova a doce agora, amanhã agente compra mais. - ele disse pra me animar.

Fiz que sim com a cabeça, minha voz de bebê estava saindo naturalmente.

Provei a de maçã, essa não era tão gostosa, mas não era ruim e depois a de yogurte. As doces também eram boas, mas decidi que preferia as papinhas salgadas.

Depois Rodolfo e eu brindamos com nossas dedelas e tomamos leitinho juntos.

Aquela noite foi uma delicinha, mas logo fomos dormir cedo já que tinhamos que ir para a Inglaterra bem cedo no dia seguinte.



quinta-feira, 4 de junho de 2015

Além do Arco íris - Capítulo 9




Depois de tirarmos bastante foto de New Grange, fiquei com uma sensaçãozinha de saudades daquele lugar, mas muito feliz por ter tido a oportunidade de conhecê-lo.

Então chegou a hora de partirmos, ficaríamos só mais aquela noite na Irlanda, antes de irmos pra Inglaterra, passaríamos a noite em um pequeno chalé no Condado, então decidimos que jantaríamos lá.

Passamos na farmácia pra comprar minha mamadeira nova, pedi pra que Rodolfo me indicasse uma marca boa, porque ele entendia bem do assunto, escolhemos juntos uma cor de rosa muito fofa com o bico bem grande.

Deu friozinho na barriga, mas não tanto quanto na noite anterior, então olhei para a prateleira onde ficavam as papinhas de neném e estranhamente eu já sabia que ia gostar, acho que porque conseguia me lembrar do sabor que elas tinham de quando eu era pequena.

- Dolfinho, você gosta daquilo ali? - perguntei apontando pra papinha.

- Gosto muito sim, é uma delícia, se eu pudesse só comia papinha, bebê. - falou alto, olhei de um lado para o outro me encolhendo de vergonha.

- Primo, fala baixo, as pessoas estão ouvindo!

Ele começou a rir

- Relaxa prima, esqueceu que estamos na Irlanda? Duvido que algum deles saiba falar português! - falou.

- Ih, é mesmo, esqueci! - falei e comecei a rir também.

As pessoas olhavam pra nós se perguntando de que tanto estávamos rindo, mas achei melhor pegar leve porque senão alguém podia pensar que eu estava rindo de algumas das pessoas que estavam ali.

Fui até a prateleira de papinhas e comecei a ler os rótulos pra escolher o sabor:

- Hum, vou levar uma salgada de legumes e uma doce de maçã. - anunciei, porque queria experimentar o sabor da salgada e da doce.

- E eu vou levar uma de legumes também e uma de yogurte. - disse Dolfinho.

- Nhai tem papinha de yogurte? Eu não sabia, quero experimentar dessa também! - disse pegando uma.

- Então pega prima, aproveita, tenho certeza de que você vai gostar! - falou.

- Tá legal, vamos levar mais alguma coisa?

- Na verdade sim. - ele disse, foi de novo até a parte onde ficavam as coisas de bebê e escolheu uma escova de cabelo azulzinha de bebê super fofa.

Eu me animei, peguei uma rosinha pra mim e também uma colher de bebê pra comer a papinha. Agora estava mais relaxada e a vergonha diminuindo, eu repetia um mantra na minha cabeça dizendo que ninguém naquela farmácia me conhecia e nunca mais iam me ver na vida.

- Prima, tem só mais uma coisa que quero levar, espero que não se importe. - ele disse e olhou pra prateleira onde ficavam as fraldas.

- Não, tudo bem. - concordei.

Ele foi lá e pegou uma de bebê tamanho EXG.

- Mas essas dão em você? - perguntei.

- Tem que fazer uns remendos com fitas, mas sou profissional nisso. - ele sorriu.

Não duvidei, fomos logo pro balcão pagar, dessa vez era uma moça que olhou meio desconfiada, então tratei de sair logo dali levando nossas coisinhas.

Além do Arco íris - Capítulo 8




Na manhã seguinte acordei e mal pude acreditar no que tinha acontecido

Rodolfo não estava mais na minha caminha, sentei na cama e encontrei minha pepeta caída ao meu lado, perto do travesseiro, foi uma pena não ter acordado com ela na minha boquinha, mas logo a coloquei.

Meu primo saiu do banheiro já arrumado com uma calça comprida e um casaco pra sairmos, mas parecia alegre e de bom humor:

- Bom dia Lili. - falou. - Tô vendo que gostou mesmo de ser baby. Você fica linda de pepeta, sabia?

- Obrigada primo, vucê também. - falei.

De repente alguém tocou a campainha do quarto e arregalei os olhos

- Quem será? - perguntei assustada.

- Serviço de quarto, eu achei melhor pedir o café da manhã aqui, assim podemos tomá-lo mais a vontade. - falou.

Logo capitei a idéia dele: poder tomar cafézinho na dedela como babys.

Tratei de esconder a pepeta embaixo do travesseiro enquanto Rodolfo foi atender a porta.

A camareira deu uma olhada em mim e fez uma cara meio estranha, acho que por causa das minhas trancinhas, mas entregou a bandeja.

Era uma bandeja bem bonita, tinha frutas, leite, café e chá. Fiquei mega feliz de poder tomar leitinho com chá na minha dedela, era tão viciante que eu quis tomar mais de uma vez.

- É prima, tô achando que essa dedela tá muito pequena pra você, temos que providenciar uma maior. - falou.

- Sim pililin. Nhai eu gostei tanto, primo! Acho que agora vou querer mamar todo dia! - falei.

- Que bom prima, é muito bom né? Nhai eu tô tão feliz de ter alguém que me entende! - ele disse.

- Eu também. Mas primo, ninguém que você conhece sabe que você é infantilista?

- A mamãe sabe, ela me trata como bebê. É a única que entende. - contou.

Agora eu entendia melhor porque tia Luíza era tão carinhosa e tão protetora com o meu primo, a relação deles devia ser ainda mais fofa do que eu pensava.

- Nossa, que fofys primo! - comentei.

- Sim, eu amo muito a minha mamãe, tô até com saudadinhas dela. - ele disse.

- Ah, então por que você não liga pra ela? Pode fazer isso agora, enquanto eu tomo banho e mudo de roupa pra visitarmos New Grange. - falei levantando da cama.

- Isso, ótima idéia! - ele abriu um sorrisão.


Fiquei até meio triste na hora de tirar a roupa de bebê e por roupa normal, mas escondi minha pepeta nova no meu sutiã pra ela ficar pertinho do meu corpo durante o dia.

Pegamos a condução que nos levaria até o Condado e ao chegar lá, nos divertimos muito tirando fotos, fiquei emocionada porque sempre quis conhecer aquele lugar, pra mim a viagem estava sendo mágica e cheia de surpresas agradáveis.


Além do Arco íris - Capítulo 7





Assim que chegamos no hotel, eu estava ansiosa pra subir logo no elevador e me ver a sós com meu primo e minhas coisinhas novas, porque era como se alguém pudesse desconfiar do que tinha na minha bolsa, embora fosse apenas coisa da minha cabeça.

Me senti como uma traficante de drogas, só que invés de cocaína, eu estava escondendo pepeta e mamadeira.

- Espera, Lili, não tá esquecendo de nada não? - Rodolfo, mais experiente que eu em matéria de infantilismo me perguntou.

- O que? - pra mim não estava faltando nada

- O leite, precisamos comprar um pouco pra poder colocar dentro, afinal temos que tomar alguma coisa né? - ele lembrou.

- Putz, pior que é mesmo. ai Dolfinho, é que eu não quero ficar dando mole com isso aqui não, será que você pode ir na loja de conveniência e trazer uma latinha de leite em pó enquanto eu te espero lá no quarto. Pur favorzinho, vai? - pedi tentando imitar a cara do gato do shrek.

- Ai, tá bem Dona Liliana. - ele topou.

- Ainnn brigada primo, é por isso que eu te amo! - falei e corri pra dentro do elevador.

Esfregava as mãos ansiosa, uma contra a outra e fiquei super contente quando cheguei no nosso andar, um casal passou por mim, então tentei parecer o mais natural possível ao passar o cartão e abrir a porta, até que me vi sozinha na nossa suíte.

Fui logo tirando tudo da bolsa e deixando em cima da cama, então resolvi trocar de roupa enquanto Dolfinho não chegava, pra entrar mais no clima de bebê.

Fui até minha mala e pra minha sorte, havia trazido uma camisolinha cor de rosa de manga comprida que lembrava um vestidinho de bebê, fiz duas trancinhas no meu cabelo, prendendo com elástico já que não tinha fita, mas fiz uma nota mental de providenciá-la no dia seguinte, quando saíssemos de New Grange, no Condado de Meath pra onde tinhamos combinado de partir depois do café.

Coloquei um parzinho de meias e comecei a abrir a pepeta, pus logo na boca sentindo o gostinho do silicone, no começo estranhei, mas depois adorei.

Com ela ainda na boca, abri a mamadeira, era pequenininha, achei que seria bom uma pequena pra começar.

Logo depois a porta do quarto se abriu e levei um susto, mas era Dolfinho trazendo o leite, assim que me viu fez a maior cara de surpresa:

- Nossa, entrou no clima mesmo, nem me esperou pra esterilizar a pepeta! - disse ao ver que eu estava com ela na boca.

Senti meu rosto ficando vermelhinho, tirei a pepeta da boca e pus a alça no dedo médio como se fosse um anel.

- Tinha que esterelizar? Nossa. eu nem sabia. Ih, mas agora já foi, acho que não precisa mesmo não, o povo é meio exagerado hihihi - comecei a rir.

- Tudo bem bebê, também acho que não é tão importante assim. - falou sentando do meu lado.

- Já sei, vamos fazer assim, eu vou preparar o leite pra nós dois enquanto você troca de roupa e pega suas coisinhas de bebê.

- Sim, boa idéia. - ele concordou.

Levantei e pus a pepeta na boca, então fui até o microondas que tinha no quarto pra poder esquentar o leite em pó, era uma pena não ter chá, porque eu adorava o leitinho com chá, mas por hora tava bom.

Assim que apitou, Rodolfo veio usando um pijaminha lindo azulzinho com detalhes de ursinhos que ficava lindo nele, combinava com seus olhos e deixava ele com mais cara de bebê também. Assim como eu, ele estava calçando meinhas.

Ele trazia a pepeta em uma mão e na outra uma mamadeira grandinha azulzinha.

- Pronto, trouxe minhas coisinhas. - falou um pouco vermelhinho.

Eu sorri, peguei a mamadeira dele e pus um pouquinho de leite em pó, depois a água em cima e mexi, entreguei a ele e fiz o mesmo procedimento com a minha.

- E agora, brindamos? - ele falou, lembrando da minha mania de brindar.

- Sim pililin! - respondi encostando minha dedela na dele.

Logo depois dei a primeira golada e senti um pouco de dificuldade de puxar o leite.

- Nossa, é estranho, meio difícil do leite sair. - comentei.

- É porque você não tá acostumada, é nova nesse negócio de baby, experimenta deitada que sai melhor. - aconselhou.


Fui até a cama, puxei o Zigfrido, meu coelhinho e pus a dedela na boca, Rodolfo tinha razão, deitadinha o leite saía bem melhor mesmo. Ele deitou do meu lado e começou a mamar a dedela dele, com a maior tranquilidade.

Ele era muito fofo mamando, um verdadeiro bebê!

Quando terminamos, foi dando aquele soninho, descobri que tomar dedela dava sono, então acabamos adormecendo assim, deitadinhos na minha cama.




Além do Arco íris - Capítulo 6







Começamos a competir pra ver quem balançava mais alto, até cansarmos, então paramos no balanço e eu comecei a rodar fazendo um X nas correntes que mantinham ele preso, quando falei espontaneamente:

- Sabe primo, eu adoro fazer coisas de criança, as pessoas me acham meio louca por causa disso, mas é muito legal. - disse.

De repente ele parou e ficou sério, me encarando.

- Prima, eu não te acho louca, na verdade eu também gosto, até mais do que você. - falou.

- Sério, puxa que legal, vai ver é por isso que agente se dá tão bem, né?

- Talvez, mas já que você tocou no assunto, tem uma coisa que eu quero te contar, mas você precisa me prometer que não vai contar pra ninguém, porque é segredo. - ele disse.

- Claro, eu não conto pra ninguém, primo, já disse que você pode confiar em mim. - falei.

- Bem, é que eu sou infantilista. Pronto, falei. - confessou.

Dei uma coçadinha no meu cabelo, um pouco confusa porque eu não sabia o que significava a palavra "infantilista", nunca tinha escutado aquilo na vida, mas gostei da palavra.

- O que isso significa? - perguntei.

- Significa que eu gosto de fazer coisas de bebê, eu sou o que chamamos de abdl, que quer dizer adult baby e diaper lover. - explicou.

- Deixa eu ver se entendi, um adulto bebê que ama fraldas?

- Exatamente.

No começo, achei estranha apenas a idéia das fraldas, porque era uma coisa que eu não tinha nenhuma vontade de experimentar, mas outras coisas de bebê eu já senti vontade, como por exemplo chupar chupeta e tomar mamadeira, mas nunca falei dessa minha vontade secreta pra ninguém porque a maioria das pessoas já me julgava criançona só pelo fato de ter vinte e cinco anos e gostar de anime.

- Olha primo, pra ser sincera, tirando a parte das fraldas, então eu acho que também sou. - falei.

- Como assim? Você também infantilista?

- Veja bem, eu vou te contar um segredo também, eu meio que sempre tive vontade de fazer algumas coisas de bebê, tipo chupar chupeta e tomar mamadeira, mas nunca fiz porque as pessoas iam me achar meio louca. É a primeira vez que falo com alguém que tem essa mesma vontade que eu. - disse animada. - E eu nem sabia que tinha um nome, mas pera aí, se tem um nome, então existem outras pessoas assim?

De repente senti um imenso alívio de saber que havia mais pessoas no mundo com o mesmo desejo que eu, de repente eu não era tão anormal assim.

- Existem, muito mais do que você imagina. Nossa prima, eu tô muito feliz, sempre quis conhecer pessoalmente outra menina que gostasse de chupar chupeta. - ele falou.

- Nhaii, então agora que você falou, eu quero experimentar, Dolfinho, vamos vamos? Hey, pera aí, era isso que você tava escondendo na sua mala?

O rostinho dele ficou vermelhinho e ele assentiu com a cabeça.

- Então hoje nós vamos fazer uma coisa diferente primo, nós vamos chupar chupeta e tomar mamadeira! - anunciei, levantando daquele balanço e pegando minha garrafa de cerveja, virando ela de uma vez.

Saímos daquela praça e entramos na primeira farmácia que encontramos, de repente senti meu coração acelerado na hora de entrar, agora era eu quem estava com medo e vergonha de fazer alguma coisa.

- O que foi, prima? - ele perguntou ao ver que eu tava relutante de entrar.

- É que tô com vergonha de comprar, e se eles souberem que é pra mim? - perguntei.

- Ah bebê, calma, isso aí é uma coisa que com o tempo você se acostuma, além disso, ninguém aqui te conhece, somos turistas, lembra? Provavelmente a moça nunca mais vai ver você na vida. - encorajou.

- Tá bem. - falei, eu não queria era bancar a covarde.

Fui até a parte onde ficavam as chupetas e escolhi uma rosa e branca, já a mamadeira não tinha da cor que eu queria, então peguei uma pequena azulzinha mesmo, depois fui até o balcão e pior que quem me atendeu foi um homem e jovem, ainda bem que a noite estava fria, porque não consegui disfarçar a tremedeira que me deu.

Paguei e assim que ele me entregou a chupeta e a mamadeira, enfiei correndo dentro da bolsa pra sair logo dali. Uma vez que estávamos fora da loja, suspirei:

- Pronto, Malfeito Feito. Agora vamos pro hotel. - disse, lembrando da frase do livro "Harry Potter".


Além do Arco Íris - Capítulo 5







Após longas horas de vôo, finalmente chegamos em Dublin.

- Ufaaa, até que enfim, não aguentava mais ficar naquele avião, minhas costas estão me matando! - comentei com Dolfinho enquanto caminhava pra pegar a bagagem na esteira.

- Que horas são? - ele perguntou.

- Umas dezenove horas, perfeito! Dá tempo de deixarmos nossas coisas no hotel e irmos conhecer a cidade! - falei.

- Mas Liliana, não é perigoso irmos por aí a noite sozinhos?

- Claro que não, esqueceu que eu falo inglês fluentemente! A noite é uma criança, golfinho! - falei enquanto pegava minha bagagem e caminhava na direção da entrada do aeroporto pra tomarmos um táxi.

A paisagem era linda, Dublin era uma cidade encantadora, abri o vidro e pus a cabeça pra fora da janela pra respirar o ar diferente, olhava pras pessoas caminhando na rua e mal podia acreditar que era real, que eu estava mesmo lá.

Não demorou muito pra chegarmos no hotel, reservamos uma suíte com duas camas de casal, assim poderíamos ficar bem a vontade.

Troquei minhas roupas por umas mais apropriadas para o clima do lugar, assim como o Rodolfo e então saímos pra conhecer a cidade.

Já estava escuro, mas o céu estava bonito, avistei um pub e percebi que estava morrendo de vontade de experimentar a cerveja vermelha irlandesa.

- Vamos entrar? - fiz a pergunta, mas no fundo meu primo sabia que eu já estava decidida.

- Não sei não Lili, eu não sou muito chegada a bares, você sabe que não bebo. - falou.

- Mas não é um bar comum, é um pub e tá escrito que vão tocar música irlandesa, não é legal de conhecer? - argumentei.

- É, por esse lado sim. Tá bom. - concordou.

Logo entramos, sentei em uma mesinha e o garçom logo trouxe o cardápio.

- O que você vai pedir? - Rodolfo perguntou curioso.

Meu primo sabia que eu gostava de beber, nunca escondi isso da nossa família.

- Eu vou pedir uma cerveja vermelha. - anunciei.

- Cerveja vermelha? Eu nunca vi! - ele pareceu surpreso.

- Ah, é muito boa, hey, que tal se você experimentar também? - sugeri.

Eu queria que Rodolfo bebesse porque sabia que ele era muito tímido e queria que ele se soltasse mais, pelo menos por uma noite.


- Não acho que seja uma boa idéia prima, pode me fazer mal. - falou.

- Só um pouquinho não vai te fazer mal. Vamos fazer assim, vou pedir duas canecas, aí você bebe um pouco e deixa o resto pra mim, aí depois peço um refrigerante, que tal? - propus.

Ele acabou aceitando meio a contragosto e foi exatamente o que eu fiz.

No momento que chegaram as cervejas, a banda começou a tocar, os cantores eram lindos e a música deles maravilhosas.

Encostei minha caneca na do Rodolfo, porque eu não gostava de beber sem brindar, minhas amigas costumavam dizer que uma coisinha nada legal acontecia se bebesse sem brindar, então disse:

- Á Felicidade!

Meu primo concordou e depois de ouvirmos o barulhinho dos vidros se tocando, demos uma golada, ele me surpreendeu dando uma golada grande.

- Nossa, o gosto é esquisito! - falou.

- É porque nunca provou antes. - respondi e comecei a rir.

Bebi mais um pouco saboreando a deliciosa cerveja irlandesa, quando algumas pessoas levantaram e começaram a dançar, eu é claro, como adorava dançar, levantei também com a caneca na mão e puxei o Rodolfo.

A música estava tão boa, que ele acabou bebendo a caneca toda enquanto dançava sem sentir, mas claro que me deu um trabalhão colocar esse menino pra rebolar, basicamente tive que chegar por trás dele colocando as mãos na sua cintura e fazer ele rebolar, mas depois ele próprio foi se soltando como eu imaginei que aconteceria.

Então teve uma hora que um carinha me chamou pra dançar, ele era bonito, cabeludo como Rodolfo, mas com um cabelo mais claro preso em um rabo de cabalo e uma barba.

Uma garota loirinha aproveitou e puxou o Rodolfo também, meu primo ficou todo vermelho, estava divertido, até que a garota tentou beijar o Rodolfo e ele correu dela e veio me puxando pra um canto.

- Lili, vem cá. - disse, só foi uma pena porque o cara com quem eu tava dançando ficou sem entender nada, coitado, mas não veio atrás de nós, provavelmente pensando que eu estava com Rodolfo e ele era algum namorado ciumento ou coisa parecida.

- O que foi, primo? - perguntei.

- Nada, é que aquela mulher tava tentando me agarrar, será que agente já pode ir embora? - ele disse, notei que ele já estava um pouquinho alto, por não estar acostumado a beber.

Achei melhor irmos, afinal não queria que ele se sentisse incomodado, então fui até o balcão e pedi a conta, levando mais uma garrafinha de cerveja pra tomar pelo meio do caminho, na rua.

Foi quando avistei uma pracinha e meus olhos brilharam, pois a praça estava vazia, não tinha crianças e uma das coisas que eu adorava fazer quando estava bebendo era justamente andar de balanço.

Corri até lá:

- Liliana, o que você tá fazendo? - meu primo perguntou.

- Vou andar de balanço hihihi

- Também querooooo - ele falou, um pouco alto.

Foi aí que tive a certeza de que o alcool havia pego.

Rodolfo sentou no balanço e começou a se balançar, e eu que sou terrível entrei na brincadeira:

- Vamos ver quem vai mais altooooo!!!!!! - falei.



Além do Arco-íris - Capítulo 4




Acordei de madrugada ouvindo o barulho do despertador tocar, então fui até Rodolfo pra acordá-lo, a cena que vi foi linda! Ele abraçava um ursinho de pelúcia e nanava com o dedinho na boca igual a um bebêzinho. Fiquei boba, porque eu também tinha essa mania ás vezes, eu era uma pessoa com dois lados, um bem criançona e o outro bem aventureira.

Me deu um pouco de pena acordar meu golfinho, mas era um mal necessário, afinal se não acordasse ele, iríamos perder o vôo, então me aproximei na pontinha do pé e puxei o ursinho dos braços dele.

- Acorda primo! - falei.

- Prima? - ele pareceu assustado e um pouco constrangido por eu ter pego ele no flagra dormindo de dedinho na boca.

- Sim, tá na hora de se arrumar pra ir pro aeroporto, senão vamos perder o vôo. -expliquei.

- Ih caramba, o vôo! - na mesma hora ele pulou da cama com medo de nos atrasarmos.

- Calma, dá tempo, eu também vou me arrumar pra agente ir. Chamei um táxi porque na moto não tem como levar a minha bagagem e a sua, tá? - falei.

- Ok prima. - ele concordou.

Tratei de me arrumar logo escolhendo uma roupa confortável, porque seriam longas horas de vôo.

O primeiro lugar pra onde iríamos era a Irlanda, sempre quis conhecer aquele país, estava ansiosa pra chegar lá.

Escolhi leggins confortáveis, uma blusa de malha e um casaco de moletom. Prendi meu bebelo em um rabo de cavalo e separei minha bagagem, não quis levar muita coisa, até porque pretendia trazer bastante coisa de lá, só uma mala com algumas roupas, especialmente de frio, um perfume, coisas de higiene pessoal, meu coelhinho de pano favorito, vulgo Zigfrido porque eu também tinha minhas manias e é claro, livros e mangás pra ler no vôo, porque ninguém merece ficar várias horas sentada em um avião sem nada pra fazer e meu mp3 com minha playlist favorita.

Uma vez que estava tudo checado, fui até a sala e vi que Rodolfo também já estava pronto, com um conjunto de moletom preto que lhe dava um ar de rockeiro com aquele cabelinho dele que sempre gostou de usar grandinho e que eu adorava, afinal sempre achei meninos de cabelo grande mais bonitos, lembrei da minha época de adolescente, quando minha amiga e eu íamos pra festinhas de rock só pra ver os cabeludos metaleiros e ás vezes dávamos uns beijos em alguns.

Bons tempos aqueles! Não que eu quisesse pegar o Rodolfo, na verdade tinha um grande motivo pra isso: ele era meu primo mais novo, meu bebêzão, meu golfinho e eu me via como uma espécie de irmã mais velha dele e o segundo era que tia Luíza me mataria.

Mas isso não me impedia de admirar a beleza dele né? Porque ele era muito bonito e eu adorava o bebelo dele.

- Tô pronto prima. - falou bem na hora que o taxi chegou, ouvimos o som da buzina e saímos, cada um carregando sua bagagem.

Quando chegamos, fomos logo pra fila do check-in e tudo correu muito bem, deu um pouco de frio na barriga na hora que o avião decolou, mas depois fomos liberados pra ouvir música e o Rodolfo me mostrou as músicas favoritas dele que estavam no MP3 e eu compartilhei as minhas com ele.



Além do Arco íris - Capítulo 3






- E agora Liliana, o que vamos fazer? - Rodolfo me perguntou.

- Agora nós vamos pular de asa delta, Dolfinho! - respondi.

Meu primo arregalou os olhos horrorizado, acho que não pensou que eu estava falando sério

- O que? Como assim saltar de asa delta? Isso é brincadeira né Lili? - disse.

Levantei da mesa colocando o dinheiro da conta do garçom no caderninho enquanto peguei meu espelhinho pra dar uma checada nos meus dentes pra ver se não estavam sujinhos.

- Claro que não é brincadeira, vai ser divertido, eu sempre quis fazer isso! - expliquei.

- Você nunca pulou de asa delta? Olha Lili, não sei não, mas acho que isso não é uma boa idéia. - falou com medo.

- Calma primo, é seguro, eu prometo que não vai te acontecer nada de mal. E depois, como pode achar ruim se nunca experimentou? Tudo na vida agente tem que experimentar e eu quero me sentir livre como uma passarinha! - falei enquanto caminhava pelo corredor do restaurante sem me importar se os clientes estavam vendo.

Rodolfo levantou e veio atrás de mim, percebeu que não tinha jeito, eu estava decidida a levar tudo na brincadeira.

- E que tipo de pássaro você quer ser? - perguntou.

- Uma ave de rapina, uma bem esperta! - falei.

Ele fez que sim com a cabeça.

- E eu? - perguntou.

Olhei bem no fundo daqueles olhos azuis e tive uma idéia:

- Já sei, azulão! Se bem que você não tem muita cara de azulão, nem de pássaro. Tá mais pra golfinho! Já sei, a partir de agora vou te chamar de golfinho! - apertei as bochechas dele e dei uma risadinha, vendo Rodolfo, agora meu Golfinho ficando corado.

- Agora vamos, quem chegar por último é mulher do padre! - falei e saí correndo em disparada na direção da moto, Rodolfo veio correndo atrás de mim, mas cheguei primeiro e comecei a zuá-lo:

- Golfinho é mulher do padre! Golfinho é mulher do padre! - rebolei fazendo uma dancinha.

- Lili, você não tem jeito mesmo! - Rodolfo falou fingindo estar bravo, mas no fundo morrendo de vontade de rir das minhas brincadeiras.

Subimos na moto e lá fomos nós, Ricardo, o moço responsável pelas asas-deltas já estava nos esperando, porque eu havia ligado no dia anterior avisando que iria. Ele nos ajudou a subir e vestir o equipamento, combinamos que saltaríamos juntos.

- Lili, eu tô com medo, e se eu passar mal? E se acontecer algum acidente e agente morrer? - ele perguntou.

- Em primeiro lugar, já disse que é seguro. O Ricardo trabalha com isso a anos e ninguém nunca se acidentou usando o equipamento dele. Em segundo lugar, se agente morrer é porque chegou a nossa hora, uai! Quanta gente não morre até em casa!.O irmão de uma menina da minha escola morreu fazendo pipoca de microondas, a tomada entrou na mão dele e o coitado levou um choque. - contei,

- Nossa, que horror! - Rodolfo arregalou os olhos horrorizado.

- Sim, teve um moço também lá da minha rua que morreu porque caiu um bloco na cabeça dele e um menino que estava jogando futebol em um campo em dia de chuva e foi atingido por um raio! Viu? Pra morrer basta estar vivo, como diz a minha mãe, só quem morre de véspera é peru! - falei brincando.

- Prontos? - Ricardo perguntou.

Fiz que sim com a cabeça, então saltamos, Rodolfo deu o maior grito:

- Socorrooo!!!! - falou.

Mas eu abracei ele bem forte e disse:

- Uau, olha só como é lindo, estamos voando!!!!! vamos abrir os braços primo, junto comigo!- segurei os braços dele e abri.

O ventinho batia contra o nosso rosto e naquele momento imaginei que éramos dois pássaros:

- Uau, isso dá frio na barriga, mas é incrível! - ele comentou.

- Eu disse, achou que eu ia te colocar em furada, primo? Só curte! - falei

E curtimos muito, eu confesso que até eu senti um pouco de medo na hora de aterrissar, mas foi uma experiência incrivel.

No caminho de volta pra casa, Rodolfo ficou preocupado:

- E agora Lili? O que você vai inventar? Confesso que estou com medo de não chegar vivo no final dessa viagem, a mamãe vai sentir muito a minha falta, tá? - falou.

- Calma, eu prometi pra tia Luíza que você ia chegar inteiro e vou cumprir minha promessinha, mas confessa, você bem que tá gostando das aventuras, não tá?

- É, tô sim, mas hoje tem mais alguma?

- Não seu bobo, temos que dormir agora, porque nosso vôo sai de madruga, senão vamos ficar exaustos e não sei quanto a você, mas eu não consigo dormir no avião de jeito nenhum! - disse.

- Ufaaa!!!! - ele suspirou aliviado.

Fomos pra casa, pedimos comida japonesa e depois adormecemos.