quarta-feira, 13 de maio de 2015
Além do Arco-íris - Sinopse e Capítulo 1
Sinopse:
Liliana sempre sonhou em fazer uma viagem pelo mundo e agora finalmente ela tem essa oportunidade, além de ter direito a levar mais uma pessoa com ela, o escolhido é ninguém menos que Rodolfo, eu primo preferido, um menino tímido e que esconde um segredo, segredo este que Liliana descobrirá durante essa viagem e ensinará a ele que não precisa ter medo.
Personagens:
Liliana: Uma jovem que recebe suas primeiras férias de seu primeiro emprego e agora finalmente tem a oportunidade de viajar para a Europa como sonhou durante tantos anos. Ela sempre quis voar, não só figurativamente como literalmente e escolhe seu primo favorito para acompanhá-la em sua aventura.
Rodolfo: Um jovem doce e tímido, dono de belos olhos azuis e que sempre preferiu o conforto de sua casa a aventuras, mas quando sua prima favorita lhe pede tão carinhosamente que a acompanhe para essa viagem, ele não tem como dizer não e decide embarcar junto com ela nessa aventura.
Capítulo 1
O som do despertador tocando me fez acordar do meu sonho e meu primeiro pensamento foi que gostaria de tacá-lo longe e continuar dormindo, afinal ainda era de madrugada e eu mal havia pego no sono, pois havia ido dormir tarde.
Eu sabia que deveria dormir cedo, mas a ansiedade não me deixou pregar os olhos na hora planejada, porque amanhã era o grande dia: o dia em que meu primo viria pra cá e nos prepararíamos pra embarcar para a minha tão sonhada viagem pra Europa!
De repente dei um pulo da cama lembrando do motivo pelo qual eu havia colocado o despertador pra tocar tão cedo: estava na hora de ir buscá-lo no aeroporto como o combinado.
Corri para o banheiro pra escovar os dentes, afinal não queria encontrar Rodolfo com um tremendo bafo de leoa, puxei meus cabelos pra trás prendendo-os em um coque, pus uma calça comprida e uma blusa com uma jaqueta por cima e fui até minha moto, para tirá-la da garagem. Não esqueci de levar um capacete extra para o Rodolfo.
Fiquei imaginando a cara dele quando eu aparecesse de moto, sempre quis ter uma, mas meus pais nunca deixaram, sempre aquela desculpa de que era perigoso, mas agora que eu finalmente tinha meu primeiro emprego, pude comprar uma com o meu dinheiro
Senti o vento batendo contra o meu rosto, a sensação era a mesma de poder voar, como eu sabia disso? Bem, quando eu era criança costumava sonhar que estava voando alto no céu azul, a sensação era tão real que sentia como se o vento pudesse me levar, mas aí um dia eu pensei em fugir pelo céu e não voltar nunca mais, porque a vida terrena era muito chata, cheia de regras e tinha que fazer coisas que eu não gostava de fazer, como uma verdadeira prisão. O triste foi que nesse dia eu acordei e desde então nunca mais pude sonhar que estava voando, mas agora eu podia reproduzir a sensação novamente, não só com a minha moto, mas naquela tarde havia marcado um vôo de asa-delta na praia, para mim e para meu primo.
Claro que ele não iria concordar facilmente, meu pequeno menino dos olhos de oceano, sempre tão tímido, o que fazia dele ainda mais fofo. Eu costumava vê-lo como um bebê grande, gordinho como um ursinho de pelúcia, o que me fazia ter vontade de abraçá-lo e apertar suas bochechas, mas eu não me atreveria a fazer isso, Rodolfo era tímido demais, certamente correria do meu abraço e ficaria vermelho, sentindo-se muito constrangido.
Um dos motivos pra tê-lo escolhido para fazer aquela viagem comigo, além de gostar de sua companhia e ter sentido saudades dele nos últimos anos em que passamos sem nos ver, foi porque eu queria mostrar pra ele as possibilidades que havia no mundo, ensinar como era bom viver uma aventura, conhecer lugares novos e aprontar por aí. A idéia era que nossa viagem fosse bem divertida e agradável.
Parei a moto no aeroporto e logo o avistei, carregando uma mochila enorme nas costas e parado ali, meio tímido. Ele estava diferente, parecia mais alto do que na última vez que o havia visto e tinha um corte de cabelo novo.
- Rodolfo! Saudades! - falei parando diante dele.
- Liliana? Nossa, como você tá diferente, tá bonita. também senti saudades. - sorriu.
Senti as faces corando como sempre me sentia perto dele, além da mochila, percebi que tinha também uma maleta e que ela era daquelas fechadas a chave.
- Quer ajuda com a maleta? Essas coisas parecem pesadas. - ofereci.
- Não precisa. - ele garantiu.
Achei melhor não insistir, simplesmente caminhamos juntos até a moto e assim que a viu, ele arregalou os olhos:
- O que é isso, prima? - pareceu assustado.
Passei a mão pela moto, acariciando-a e sorri:
- É minha moto, gostou? Não vai me dizer que nunca andou de moto, primo? - perguntei sorridente.
- Na verdade não. - ela falou um pouco sem jeito.
- Bem, pra tudo na vida tem uma primeira vez.
Subi e fiz um sinal com a cabeça pra que ele sentasse atrás de mim, com dificuldade ele subiu.
- Mas onde eu me seguro? - perguntou.
Eu deveria ter imaginado que isso o deixaria meio sem jeito:
- Bem, pode segurar nas alcinhas da parte de trás da moto, ou se preferir em mim já que a mochila deve atrapalhar, apenas jogue o corpo pro lado quando eu jogar também, tá? - pedi,
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