domingo, 10 de maio de 2015

Conto de Dia das Mães





Gotinha Azul e seu bebê


Era uma vez uma fada que se chamava Gotinha Azul, ela tinha um desejo secreto, queria cuidar de um bebê que fosse só dela, pois sempre que viajava para o Reino dos Humanos, gostava de ver as mamães cuidando dos seus bebês.

Mas como ela era uma fada, isso não era possível, já que as fadas da Floresta Encantada nasciam dentro de botões de flores especiais que brotavam da Terra.

Então um dia enquanto passeava pela floresta, ouviu uma conversa entre suas as irmãs, as Fadas Raio de Luz e Violeta:

- Você sabia que existe uma Flor chamada lírio azul, que se o seu primeiro botão for regado com lágrimas embaixo da Lua Cheia, quando a flor se abre realiza o seu maior desejo? - disse Violeta.

- Não sabia não, mas essa flor deve ser uma flor muito difícil de ser encontrada. - Raio de Luz, a perspicaz concluiu.

Elas não sabiam que Gotinha Azul estava escutando atrás de uma árvore, e contente com aquela notícia, no dia seguinte bem cedo partiu, sobrevoando os quatro cantos cantos da Terra.

Ela viajou durante vários dias, até que finalmente avistou o lírio azul e embaixo da lua cheia, sobre ele chorou seu desejo de ter um lindo bebê para cuidar, até que adormeceu ao lado do botão de flor.

Pela manhã, acordou ouvindo um choro de bebê e ao abrir os olhos, lá estava ele, bem do jeito que havia desejado, com alegria ela o pegou no colo e cantarolou uma bela música para acalmá-lo e voltou com ele para a Floresta Encantada.

Gotinha Azul ensinou seu bebê a dar os primeiros passos e todas as noites lhe contava lindas histórias que crescera ouvindo na Floresta Encantada, logo ele aprendeu a falar sua primeira palavra e a chamou "mamãe".

Aquele dia foi o dia mais feliz da vida da fada.

Mas com o passar dos anos, as coisas foram mudando e Gotinha Azul notou que a árvore onde morava ficava pequena demais para seu querido filho, pois o bebê era grande como um humano.

Logo soube que era hora de deixá-lo partir, para viver no Povoado dos Humanos, então segurou-o pela mão e o levou para viver com aqueles que eram seus iguais.

- Vou sentir saudades, mamãe! - o menino, já quase um homenzinho lhe falou.

- Eu também, filho, mas agora é hora de deixá-lo partir, eu cuidei de você, te ensinei tudo o que precisa saber e agora chegou o momento de você caminhar sozinho, entre seus iguais. - explicou.

- Eu nunca vou te esquecer! - ele prometeu.

Os dois se abraçaram, então o menino partiu caminhando para a trilha que dava para o povoado.

Uma lágrima molhou o rosto de Gotinha Azul e só quando não avistava mais seu menino no horizonte, pegou o caminho de volta para o Reino Encantado.

O menino tornou-se um homem e muito feliz, habitou uma linda casa no Reino dos Humanos, mas toda vez que o céu estava nublado e as gotas das chuvas molhavam a terra, ele lembrava-se de sua mãe e sabia que eram as lágrimas de Gotinha Azul, sempre que sentia sua falta.

Então ele saía escondido com uma cesta de mel, bolinhos, morangos e flores e as depositava aos pés de uma árvore no meio da floresta, para lembrá-la da promessa que fizera quando ainda jovem, de que nunca se esqueceria de sua mãe.

No mesmo instante o Sol começava a brilhar no horizonte e um lindo arco íris surgia no céu, lentamente a chuva parava de cair.





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